Quem sou eu - Nasci em São Paulo, e adotei Curitiba desde criança, pois adoro esta cidade.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O FRIO CURITIBANO

Anoiteceu e eu caminhando nos caminhos da noite.
Olho as estrelas, que sorriem,
Mas se calam no silêncio frio das calçadas curitibanas.
Não há vultos e as árvores parecem esqueletos dançantes
Ao ritmo do vento cortante e gélido.
As almas estão escondidas e as palavras nem mais sussurram...
A solidão é a única companheira dos passos apressados, sem destino, sem rumo.
As luzes dos postes se envolvem numa neblina
E se transformam em lamparinas do passado,
Que mal iluminam a sombra, arqueada pelo sobretudo corroído pelo tempo.
Escuto ao longe os sinos de uma igreja,
Cujas badaladas ecoam ao nada e nada é a esperança.
Mais uma travessia, numa desunião de calçadas, 
Separadas pela rua de pedras. 
Rua ligando dois pontos infinitos perdidos na imensidão do lugar nenhum.
Chego ao tempo onde não queria chegar.
Encorajo-me e subo os degraus rangentes.
São três, donde imagino uma escadaria de cem.
A porta me detém. Torço e retorço imóvel empurra-me ao desdém.
Venço-a e desmaio no sono que temia em acordar.
Novamente reviro e um acolchoado acaricia o corpo,
Durmo suavemente, sem o frio do pesadelo gelado!


AO SAIR DE CASA, LEVE UM AGASALHO EXTRA,
COM CERTEZA ENCONTRARÁ ALGUÉM QUE ESTEJA NECESSITANDO. 

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