A Lagarta e Deus
A lagarta é um inseto, que por mais
colorido que se apresente, continua sendo repugnante e um devorador de folhas.
É o desespero para quem tem lavoura ou um belo jardim em sua casa.
A lagarta, um dia, parou de devorar as
folhas e do alto de um galho, bem verdade, que já não existiam nenhuma folha
inteira ali, ficou a observar as crianças brincando. Elas sorriam e corriam no
meio das flores coloridas. Olhou para o céu e percebeu os pássaros voando como
se estivem bailando naquele céu azul, como se estivessem perto de Deus.
Foi assim, ao pensar em Deus, lembrou
que Ele havia criado todas as coisas. Então, numa atitude de respeito, resolveu
falar com Deus.
Era final do dia, as cores davam ao céu
os mais belos tons e as nuvens se divertiam, vestindo-se com as cores que
pintavam o final do dia.
A lagarta, tomou coragem, pois tinha a
certeza de que naquele momento, Deus orquestrava a natureza, e numa posição de
respeito, chamou por Deus: - Senhor! Senhor! Clamou diversas vezes.
Deus apareceu no meio das nuvens entre
anjos e num tom suave perguntou: - Por que me chamou?
A lagarta, encolheu-se toda e num tom
de humildade pediu a Deus:
- Senhor, agradeço por ter me criado,
por ter me dado tanta comida, porém as crianças sentem medo de mim e os homens
me detestam. Vejo as flores belas, os pássaros e o céu, porém nem ao menos
posso glorificá-lo, pois minha aparência horripilante, ouso me aproximar de
tantas coisas bonitas de sua criação.
Deus então pensou, pois poderia
complementar aquela criação com uma manifestação do seu amor.
Porém, avisou a lagarta, darei uma nova
aparência a você, porém ela sairá de seu ventre, já morto e surgirá uma nova
criatura, que levará as sementes das flores e fará com que as crianças e os
homens agradeçam e glorifiquem a Deus.
Passando algum tempo, a lagarta parou
de comer pendura-se num galho de cabeça para baixo, vai se tecendo um casulo, até
que lhe envolve inteira.
O tempo vai passando, a lagarta dentro
daquele casulo, no escuro, vai percebendo movimentos fortes em seu entorno,
balançando fortemente, tremores e dando meias voltas. Ele sente e que seu corpo
está sofrendo modificações, se contorce e tem a sensação do seu corpo
desmanchando dentro daquele invólucro.
Silencia, a quietude toma conta de si e
adormece. Não existem movimentos, nem ao menos para aquela criatura, que não
percebe a metamorfose que está acontecendo em sua vida.
Passado mais alguns dias, começa
escutar os gritos alegres das crianças. Está viva pensa. Mas se sente
diferente. Não tem mais patas, não tem mais aquela enorme boca, e seu corpo é
esguio.
Com muito esforço vai rompendo o casulo
e consegue abrir um pequeno buraco. Coloca
a sua cabeça para fora, mas exclama em seguida: – cabeça? Então tenho cabeça?
Rompe mais um pouco o buraco e sai,
muita espremida, em meio a uma gosma que a auxiliou e em seguida se liberta da
sua pele que lhe prendia o corpo.
Já fora, ainda com o líquido no corpo,
olha-se e, de suas costas é liberada as suas asas que se abrem. E, virando-se para o sol, de asas abertas, vai
secando aquele líquido gosmento e olhando para o céu, agradece a Deus por
aquele milagre.
Em seguida lança-se ao ar e voa
graciosamente, refletindo as cores de suas asas ao brilho do sol. E bailando no
ar, aproxima-se das flores e em cada uma delas, sugando um néctar delicioso,
agradecia e louvava o Senhor.
As crianças corriam atrás de seu voo e
olhavam com ternura aquela borboleta de Deus!
Reflexão:
E nós, criaturas especiais de Deus.
Essa história é uma lição para nós, pois aprendemos que quando orarmos, Deus
nos atenderá. E quando decidimos viver a vida em Deus, por intermédio de Jesus
Cristo, haverá grandes transformações. Acontecerá momentos que ficaremos de
cabeça para baixo, nosso corpo sente, e tudo parece girar. Nossa alma se
contorce, sofre até que nos livramos do pecado, pelo sacrifício de Jesus.
A metamorfose começa acontecer e transformamos o
nossos viver para adorar, agradecer e glorificar a Deus. E ficamos felizes
porque temos Deus no coração.
E.Prugner