Quem sou eu - Nasci em São Paulo, e adotei Curitiba desde criança, pois adoro esta cidade.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Lola...


Lola,

Quem é Lola?

Oh! Minha amiga e companheira,

Que quando chegava em casa,

Corria para abraçar-me

E sorria com seu rabo, abanando,

Como quisesse me dizer:

- Seja bem vinda minha amiga!

Hoje cheguei em casa, abri a porta...

Um vazio, ninguém para me receber...

Mas acredite que tudo tem seu tempo,

Assim, Lola, teve o dela!

Te deu muitas alegrias,

Criou emoções e hoje deixa saudades.

Mas ela, criatura de Deus,

Sentiu o teu amor e carinho,

A felicidade preencheu seu espirito de animal.

Você sentirá saudades algum tempo,

As lembranças ficarão para sempre!

E tudo isso será muito bom.         

                                       E.Prugner

 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A Varanda

 

A Varanda

 

Uma noite escura, quase sem movimento, dali, daquela varanda poderia se escutar o silêncio da noite.

Um vulto atravessa a rua vagarosamente e na silhueta percebe-se um homem, cabisbaixo. Uma fraca luz amarela vinda de um poste fincado na caçada, ilumina um pedaço da rua. Vê-se enfim um homem, aparentando meia idade, segurando uma mala tosca, velha, talvez carregando um pouco do passado, caminhando caminhos que jamais imaginaria caminhar.  

Não olhou para trás, talvez sentisse medo de encontrar sua história.

Naquele momento queria ir, mesmo que levasse a eternidade para nunca chegar.

Para onde ia?

Que pensamentos passavam por sua mente, enquanto recebia no rosto um vento frio de um outono anunciando o inverno.

 

Tempos são passados. Histórias se perderam ao longe de vidas que se foram!

 

Em longínquas terras, um filme, não uma reprise, mas traz à cena, novamente, a figura de uma varanda.

Ali está a reflexão. As lembranças de cada momento, onde exista o sorriso e a felicidade se sobrepondo a tantas coisas, que os sonhos se transformavam em realidade. Podia ainda escutar os risos das crianças que cresciam nos anos que se acumulavam em alegrias.

Responder a “porquês” não se atreveria, pois ali, como num conto de fadas, o rei fora ferido mortalmente numa batalha que ele mesmo havia provocado.

Ali na varanda, olhando para o céu azul, sob um sol aquecendo os últimos instantes de um verão, percebeu o voar de uma única borboleta, bela, livre, voando entre algumas flores, como se acompanhasse notas musicais. Os olhos acompanhavam o bailar, e os ouvidos se detinham em cantos, alguns perdidos nas saudades.

Não sentia solidão, porém, talvez quisesse seguir a borboleta como se assim pudesse recuperar a felicidade.

A borboleta se foi, na liberdade da vida, voando para longe na sua felicidade e então percebeu que jamais a borboleta voltaria ao seu casulo.  

E.Prugner