MÃE, O SER SAGRADO
Um pequeno papel,
de um laboratório, que a princípio nada diz. Poucas cores, duas ou talvez três,
dobrado.
As mãos ansiosas,
até mesmo na incerteza, a princípio o receoso de desdobrar aquele papel. A
coragem não falta, e num rompante abre o dobrado e um grito preso na garganta
ecoa no Universo e lágrimas rolam pela face: está ali a prova, vai ser mãe!
À minha nora, no
dia de sua aniversário, 16 de janeiro de 2019.
Embalar a vida,
Como se a própria
vida
Estivesse nas
mãos!
Carinhosamente
afagar a pele
Da própria barriga,
E ele, já se
sentido senhor ou senhora de si!
Movimenta-se em
modos
Como a dizer: obrigada
mamãe!
O som de uma
música suave,
O cantar com a voz
maternal,
Transporta o neném
ao mundo dos sonhos.
A mamãe também
adormece
Imagina o rostinho
dessa criatura,
E se embala em
sonhos
Desenhando o mais
brilhante dos futuros.
Sucedem-se exames,
ecos e
A tranquilidade do
“tudo está bem”!
Numa dessas
aventuras de ir a laboratórios
E exames em
consultórios,
Uma nova emoção:
O nenê é uma
MENINA!
A alegria invade a
alma,
O sorriso
mistura-se com as lágrimas
Abraça a si mesma,
E baixinho fala
num tom delicado:
- Olá minha
filhinha!