Minha Irmã
Estava ali sentado, desatento
Fitando o infinito...
Os sinos de uma igreja qualquer,
Já teriam anunciado as seis horas.
Continuava naquele banco
Que tantas vezes me havia levado
Às profundezas da criatividade.
Olhei o lago, agora pintado de dourado
Coisas do entardecer
Na primavera do Parque Barigui.
Meus pensamentos mergulharam
Nas plácidas águas e nadei na imaginação.
Me dei por criança,
Menininho louro, talvez sem dentes frontais
Cuidando de um anjo, também pequeno
Uma menina de cachinhos louros:
A minha irmã.
Retornei àquele banco
Apesar de longe tomei da imaginação
Para ver novamente tudo outra vez.
Mas suas águas já não eram douradas,
Não mais desenhadas pelo Sol
Mas pintadas em prata pelo tempo.
As crianças já não estavam mais
E os cabelos, levemente cacheados
Agora eram tecidos com fios brancos
Marcando os tantos anos percorridos.
Entristeci-me? Não,
sorri como nunca sorri!
Mas antes, enxuguei as lágrimas da saudade,
E corri nas palavras para abraçar:
A minha irmã.
Falei do anjo, pequeno, mas este
Não foi embora...
Trocou de posto – em vez de eu cuidar
Agora por ele sou cuidado.
O anjo é minha irmã!
Tanto tempo passado, quantas aventuras
Histórias sem fim
Hoje é o seu dia, todo especial
Não importa os anos
Pois sois feliz!
Feliz Aniversário minha irmã
Teresa Cristina é o seu nome,
Mas para mim será sempre:
Minha irmã!
EPrugner