Quem sou eu - Nasci em São Paulo, e adotei Curitiba desde criança, pois adoro esta cidade.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

De Pelé a Maradona

 De Pelé a Maradona

Edifício Andraus, Praça da República, São Paulo, projeto Pelé.

Esse  edifício ficou conhecido pelo incêndio, onde morreram muitas pessoas*, principalmente as que vieram de andares superiores e acabaram sendo cercadas pelo fogo no 7º. Andar.

Anos depois, já recuperado, ainda tinha o estigma da tragédia. No saguão de entrada, num quanto qualquer, restos de um balão. Ele havia sido capturado anos depois, mas o objetivo era mostrar a tocha. Pois foi uma tocha assassina, bem parecida com aquela, que acabou gerando a tragédia.

Pois é exatamente neste prédio, no 3º. Andar, empresários paulistas e paranaenses ocupavam algumas salas para desenvolverem o que seria um dos grandes projetos de marketing: Projeto Pelé.

Pelé havia regressado dos Estados Unidos e acabou se tornando o maior ícone esportivo do século XX, pelo seu comportamento tanto esportivo como social. Não ingeria bebidas alcoólicas, não fumava, mesmo após ter se “aposentado” das suas atividades esportivas, principalmente do futebol,  mantem o corpo saudável praticando ginástica diariamente, e tendo uma dieta rigorosa, livre do excesso de carboidratos e gordura.

Ele era e sempre foi uma pessoa vivendo na simplicidade. Acredito que até hoje mantém esse comportamento.

O Projeto Pelé tinha sido criado para desenvolver alguns produtos com a marca Pelé e a sua assinatura seria a logo dos produtos.  O objetivo maior é que esses produtos deveriam ter além da marca Pelé, uma ligação com o saudável, com um comportamento livre dos cigarros e de comidas não naturais, e acentuar o que era saudável para o corpo humano.

Cheguei a conhecê-lo, pessoalmente, deveria tê-lo reverenciado, mas, ele por ser uma pessoa conhecida, praticamente, no mundo inteiro, era simples, e talvez no seu íntimo, queria ter, em alguns momentos, uma vida tranquila.

Se de um lado Pelé era simples, não afoito às câmeras e à imprensa, assim não eram seus assessores. Outro detalhe que marcavam a sua personalidade, tinha muito receio que seu nome (marca) fosse envolvido com produtos nocivos como cigarros e bebidas alcoólicas, e ou fatos que fossem contrários aos bons costumes.

Pelé era e é assim. No início deste ano, alguns jornais noticiaram que ele estava sendo hospitalizado. Notícias assim talvez causou algum frenesi. Exames de rotina para uma pessoa que passou de seus 84 anos.

E nessa breve história verídica pelo nome mais conhecido no mundo todo, aparece o argentino Maradona, falecido recentemente. Sem dúvida um grande desportista, mas apesar de seu enorme esforço, seus empresários desejavam que ele fosse superior ao Pelé.  Mas ele sabia, no seu íntimo, que o estigma, e a naturalidade do ícone sempre lhe faltaram.

Porém o próprio Pelé comentou a grande falta que fará Maradona!

Pelé ainda vive nos seus 84 anos, em Santos. A saúde está um pouco debilitada.  Já não é mais manchete de jornais ou chamada para grandes reportagens. Nem mais o ícone que outrora marcou produtos especiais, poucos, porém sempre saudáveis e recomendáveis. Mas continua sendo lembrado como o maior desportista do século XX.

Já os atuais frequentadores do Edifício Andraus, talvez nem mais se lembre da tragédia, ou não dão atenção a marca do incêndio que está num canto qualquer do saguão de entrada do edifício: restos de um enorme balão, ainda mostrando uma ‘tocha’, que foi a causadora do fogo que se alastrou rapidamente, por diversos andares, onde morreram 16 pessoas e teve 320 feridos.  

Maradona morreu e poucos, na Argentina, tem lembranças desse outrora famoso ídolo portenho. 

Novas pessoas! Novas histórias, que já não mais são escritas pelo calor humano! São produtos sem sentimentos. Estão em embalagens de prateleiras prontas para o consumo.

EPrugner

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